Liberdade aos 12 Presos Políticos de Atenco – México

Publicado: maio 17, 2009 em Lutas Sociais

Liberdade

Ao mesmo tempo em que repudiamos toda repressão contra os movimentos
populares que lutam contra a miséria e a fome a que o capitalismo submete
milhões de seres humanos, manifestamos aqui todo nosso apoio aos integrantes da Frente de Pueblos en Defensa de la Tierra – FPDT, pois temos plena consciência da injustiça que comete o estado mexicano por meio do seu governo federal, governo estadual do México e governo municipal de Texcoco em reprimir sua luta justa e depois condenar seus integrantes.
Defendemos a luta dos povos por condições de vida dignas a todos, coisa que sob o sistema capitalista é impossível, e repudiamos e não reconhecemos as medidas impostas pelos governos que defendem esse sistema, testas de ferro dos interesses das empresas, impondo covardemente, pela força das armas as suas leis contra os movimentos populares.

LIBERDADE AOS INTEGRANTES DA FRENTE DE PUEBLOS EN DEFENSA DE LA TIERRA!
LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO POR CONDIÇÕES DIGNAS DE VIDA!
LIBERDADE PARA AS LUTAS ANTI-CAPITALISTAS!

COLETIVO LIBERTARIO TRINCA – BRASIL

O Coletivo Libertário Trinca declara toda solidariedade aos trabalhadores presos em Atenco, bem como repudia a toda forma de perseguição política contra os trabalhadores, e conclama a que os demais movimentos sociais e coletivos do Brasil assinem também a moção abaixo em solidariedade.

 

LIBERDADE E JUSTIÇA PARA ATENCO

 

Os dias 3 e 4 de maio de 2006, um operativo policial ordenado pelo Governo Federal mexicano, pelo governo estadual (Estado de México) e o governo municipal de Texcoco, detonado contra integrantes do Frente de Povos em Defensa da Terra (Frente de Pueblos en Defensa de la Tierra, FPDT), que apoiavam a defesa do direito ao trabalho de comerciantes floristas da localidade, deu lugar a um dos mais violentos episodios represivos da historia do México.  

O operativo militar-policial do governo mexicano deixou como resultado mais de 200 pessoas detidas, dois rapazes assasinados, aoredor de 50 mulheres estupradas e abusadas sexualmente, torturas e entradas ilegais nas casas dos povoadores de São Salvador Atenco. Desde esse momento, uma enorme quantidade de irregularidades jurídicas vêm contornando o processo que mantêm  na cadeia a 12 presos politicos, com condenações tão injustas como a imposta ao senhor Ignacio del Valle, de 112 anos de prisão, aos senhores Felipe Alvarez e Héctor Galindo com 67 anos, e a otras nove pessoas que até agora foram condenadas com quase 32 anos.  É importante mencionar que a senhora América del Valle e o senhor Adán Espinosa estão em condições de perseguição e que outras 52 pessoas tem um processo legal pendiente, que estão enfrentando sob forma liberdade condicionada.

As irregularidades dos processos penais evidenciam que estamos diante duma materia política, cujo objetivo foi e é reprimir estas pessoas e organizações, que defenderam  com dignidade as suas terras, seus recursos naturais e as suas tradicoes, diante de projetos empresariais que visavam a construção dum novo aeroporto, projeto que conseguiram fzer recuar em 2002, apoiando e se solidarizando a partir desse momento com muitas outras lutas.

 

A repressão contra o FPDT é hoje um caso emblemático num contexto de repressão generalizada contra as organizações e movimentos que exercem o seu direto à crítica, à manifestação e à resistencia contra politicas empresarias e guvernamentais capitalistas.

 

É por isso que, os abaixo assinantes, de diversas nações, organizações, movimentos, artes, e profissões, exigimos às autoridades mexicanas:

 

 

LIBERDADE aos 12 presos políticos de Atenco

Cancelação das órdens de apreensão aos 2 perseguid@s,

revogação e anulação das condenações,

respeto irrestrito dos direitos humanos dos detidos e perseguid@s,

punição aos responsáveis das graves violacões aos direitos humanos e da repressão

alto á criminalização contra os movimentos sociais no México

deslocamento imediato de Ignacio del Valle, Héctor Galindo e Felipe Álvarez para un penal perto do seu enderezo de origem

 

 

Apoiamos a iniciativa da campanha nacional e internacional

“LIBERTAD Y JUSTICIA PARA ATENCO”

e chamamos á sociedade civil de México e do resto do mundo a participarem nela até conseguir á liberdade dos pressos.

Se desejam somarse a este pronunciamiento, escrevam a

libertadyjusticiaatenco@yahoo.com.mx

 enviando seu nome completo ou da sua organização, coletivo, ou movimento; nacionalidade / região

com cópia a: jovenesenresistenciaalternativa@yahoo.com.mx

Jornada de Luta pela liberdade dos presos de Atenco,

4 de junho de 2009.

 

Noam Chomsky profesor- EUA, Adolfo Pérez Esquivel arquitecto-Premio Nobel de la Paz, Eduardo Galeano escritor-Uruguay, Manu Chao músico-España-Francia, Yvon Le Bot sociólogo-Francia, Pablo González Casanova sociólogo, Michael Lowy sociólogo-Francia, Elena Poniatowska escritora, Raúl Zibechi periodista-Uruguay, Rodolfo Stavenhagen investigador, Atilio Borón politólogo-Argentina, Lorenzo Meyer historiador, Marcos Roitman Rosenmann sociólogo-Chile, Enrique Dussel A filósofo, Aníbal Quijano sociólogo- Perú, Ana Esther Ceceña economista, Ramón Chao periodista-Francia, Vicente Rojo pintor, Maristella Svampa socióloga-Argentina, Carlos Monsiváis, escritor, François Gauthier sociólogo-Canadá, María Novaro directora, Federico Campbell escritor, John Holloway académico, Pablo Dávalos profesor-Ecuador, Massimo Modonessi politólogo, Enrique González Rojo poeta, Rogelio Naranjo caricaturista, Guillermo Almeyra profesor, Héctor Díaz Polanco antropólogo, Silvia Ribeiro periodista, Eduardo Del Río–RIUS humorista gráfico, Julio Boltvinik investigador, Elvira Concheiro Borquez investigadora, Alejandro Nadal economista, Frida Hartz fotógrafa, Germán Montalvo diseñador, María Inés Ochoa cantante, Gilberto López y Rivas antropólogo, Magdalena Gómez investigadora, Manuel García músico-Chile, José Francisco Gallardo General Brigadier, Rita Guerrero música, Carlos Fazio periodista, Betsy Pecanins cantante, Alberto Castro Leñero pintor, Verónica Merchant actriz, Ramón Vera Herrera editor, Gustavo Esteva escritor independiente, Hebe Rosell cantante, Carlos Aguirre Rojas historiador, Germán Venegas pintor, Ana Colchero actriz-escritora, Miguel Castro Leñero pintor, Beatriz Stolowicz académica, Guillermo Briseño músico, Valentina Palma Novoa cineasta, Gabriel Macotela pintor, Claudia Korol equipo de Educación Popular Pañuelos en Rebeldía-Argentina, Francisco López Bárcenas investigador, Virginia Fontes historiadora-Brasil, Paloma Villegas escritora, Enrique Rajchenberg académico, Gabriela Ynclaán escritora, Luis Mario Moncada dramaturgo, Verónica Villa, antropóloga, David Huerta escritor, Marina de Santiago música, Carlos Walter académico-Brasil, Ma. de Lourdes González madre de Pável González, Hugo Aboites profesor-investigador, Miriam Calderón actriz, Jorge Fratta músico, Margarita Peña escritora, Victor Ugalde cineasta, Ifigenia Martínez académica, Julio Glockner antropólogo, Estela Leñero dramaturga, Roberto Leher académico-Brasil, Cristina Aguirre Beltrán académica, Odiseo Bichir actor, Leonor Azcarate, dramaturga, Hugo Blanco dirigente campesino peruano, Mariana Gajá actriz, Héctor García fotógrafo, Mercedes Hernández actriz, Fernando Medina (ICTUS) músico, Leticia Luna escritora, Liber Terán músico, Selma Beraud actriz, Dario Azzellini periodista-Italia, Yuriria Iturriaga antropóloga, Jesús de la Cruz Rico artista plásticoEzequiel Adamovsky historiador-Argentina, Carla Zamora académica, Guillermo Villaseñor académico, Fausto Fernández Ponte editor, Armando Salgado fotógrafo, Humberto Bátis académico, Carlos Martínez Rentería editor, Roberto Guillen editor, Rodrigo Ayala Murua pintor, Felipe Posadas pintor, Benjamin Anaya músico, Héctor Tenorio Muñoz cota editor, Fernando lobo escritor, Francisco Vargas, cineasta, Heriberto Rodríguez Fotógrafo, Florencio Pozas agencia prensa india, Sergio Olhovich, cineasta, Víctor Ego Ducrot Agencia Periodística del Mercosur, Emilio Taddei, profesor Argentina, Alberto Arista cantautor, Carlos Christian Flores Adriazola músico-poeta, Nayar López Castellanos académico, Benjamin Berlanga Gallardo, Universidad Campesina Indígena en Red UCI-RE, Hugo Cedeño  Federación de profesores de la Universidad Autónoma de Santo Domingo- República Dominicana, Van-T músico, Roberto Tato Iglesias,  Pietro Ameglio, Adriana Luna Parra, Manuel Canto, Clara Jusidman, Raymundo Sánchez Barraza (CIDECI), Concepción Calvillo de Nava, Raúl Álvarez Garín, Celeste Batel, Héctor de la Cueva, Cuauhtémoc Cárdenas Solórzano,  Oscar González, Félix Hernández Gamundi, Salvador Nava Calvillo, Marco Rascón, Bandas de rock: Panteón Rococó, Salón Victoria, Nana Pancha, Yucatán Agogó, Rastrillos, La Calzada de los muertos, Salario Mínimo.

COMITÉ LIBERTAD Y JUSTICIA PARA ATENCO: Samuel Ruiz García Obispo emérito de la Diócesis San Cristóbal de las Casas, Ofelia Medina actriz, Manu Chao músico, Julieta Egurrola actriz, Raúl Vera Obispo de la diócesis de Saltillo, Coahuila, Adolfo Gilly académico, Adriana Roel actriz, Ricardo Rocha periodista, Carlos Montemayor escritor, Francisco Toledo pintor, Diego Luna actor, Roco Pachukote vocalista de la banda de rock Maldita Vecindad y los hijos del Quinto Patio, Daniel Giménez Cacho actor, Luis Villoro filósofo, Marta Verduzco actriz, Rubén Albarrán vocalista de la banda de rock Café Tacuba, Luis Javier Garrido, académico, Bruno Bichir actor, Paco Ignacio Taibo II escritor, periodista,  Luisa Huertas actriz, Miguel Angel Granados Chapa periodista, Demián Bichir actor, Fray Miguel Concha Malo fraile dominico, director del Centro de Derechos Humanos Fray Francisco de Vitoria, Verónica Langer actriz, Luis Hernández Navarro periodista, Jorge Zarate actor, Emma Dib actriz, Antonio Ramírez Chávez pintor, Gloria Domingo Manuel “Domi” pintora, Los de Abajo banda de ska y rock,  Las Reinas Chulas actrices

… e mais 140 organizações do México e otros nove paises.

Podem consultar a versão completa na página da campanha nacional e internacional

www.atencolibertadyjusticia.com

 

 

autonomía! autogestión! horizontalidad!
jovenes en resistencia alternativa

www.espora.org/jra

ciudad de méxico: 36266692

 

Atenco: o teatro da (in)justiça

http://passapalavra.info

22 de Março de 2009  

Quando os meios de comunicação de massa e a alienação das grandes empresas não se mostram suficientes para garantir a passividade, procura-se impor o medo e o silêncio através das múltiplas formas de violência física e simbólica, inibindo os atos de protesto, resistência e rebelião contra a ordem vigente.

Para construir um aeroporto internacional, o governo do México pretendia expropriar mais de 5 mil hectares dos municípios de Texcoco, Chimalhuacán e Atenco, o que equivaleria a mais de 80% das terras ejidais do município de San Salvador Atenco[1].

Em 22 de outubro de 2001, foi publicado no Diário Oficial da Nação o decreto expropriatório. Para impedir essa violação aos seus direitos, os habitantes ejidatários de Atenco se uniram para manifestarem-se contra esse despojo e buscar formas de serem ouvidos. Pois, ao contrário, veriam ameaçadas de extinção suas formas de vida e cultura, baseadas em sua relação com a terra.

As respostas oficiais alternavam entre o silêncio e a repressão. Os habitantes, após tentarem a solução em várias instâncias do governo, realizaram uma marcha com suas ferramentas de trabalho: o machete, que se converteu no seu símbolo de luta junto com o paliacate. Com o passar dos dias, os povos vizinhos a Atenco foram se somando às mobilizações de protesto.

Com o aumento da repressão policial, também aumentou o número de aderentes às manifestações. No dia 14 de novembro de 2001, enquanto os efetivos policiais, com a habitual brutalidade, tentavam conter uma manifestação na capital do país, dezenas de pessoas dos pueblos, que não estavam participando das manifestações, protestaram, de forma autônoma, tomando uma rodovia.

atencogdeDepois deste episódio repressivo, os moradores sentiram a necessidade de se organizarem e de irem mais adiante na luta, tendo então por princípios fundamentais a tomada de decisões nas assembléias, o não reconhecimento de um líder específico e a formação de uma frente ampla sem sectarismos, isto é, sem importar as tendências políticas,crenças religiosas e sem a intromissão vertical de nenhum partido político. Formava-se, assim, a Frente dos Povos em Defesa da Terra (FPDT).

Com esta dinâmica, organizaram uma grande marcha – com mais de cinco mil pessoas andando a pé, a cavalo, de bicicletas, de tratores, entre outras formas – que foi ao encontro solidário de diversas organizações sociais, sindicatos e pessoas da sociedade civil, que a uma só voz gritavam: «Não estão sós», «Nem hotéis, nem aviões, a terra dá feijões», «Zapata vive, a luta segue». A resistência foi crescendo e os camponeses passaram a colocar barricadas nas entradas principais dos pueblos e a realizar diversos atos demonstrando que não permitiriam que lhes tomassem suas terras. A FPDT ainda procurou resolver o impasse através de diversas manifestações, foros e tentativas infrutíferas de diálogo com o presidente (que jamais apareceu).

Seguiram-se meses de intimidações e provocações por parte do governo, na figura de suas forças repressoras. Foram também meses de luta e mobilizações. Até que, após o assassinato de um dos integrantes da FPDT, Enrique Espinosa Juárez, que culminou com um forte debate na opinião pública e o apoio massivo de muitos setores da sociedade civil mexicana, o governo teve de retroceder com seu decreto expropriatório.

Em 06 de agosto de 2002, os camponeses e indígenas organizados na FPDT, junto com a solidariedade nacional e internacional, conseguem derrotar a medida governamental que os expulsaria de suas terras.

A Frente de Povos em Defesa da Terra, como resultado da consciência política das comunidades e do desconhecimento das autoridades oficiais municipais, continuou com resistência, trabalho e organização das comunidades.

atenco2Pouco depois da visita da Otra Campaña a Atenco (encabeçada pelo zapatista Subcomandante Marcos e pela Comissão Sexta, que haviam iniciado o recorrido por todo o país, recolhendo inconformidades das pessoas de baixo para que se unissem com vistas a avançar juntos, lutando pela defesa dos seus direitos e pela construção de outro mundo), os floristas de várias comunidades tradicionais foram ameaçados pelo governo de Texcoco, sendo impedidos de venderem seus produtos, pois no lugar pretendia-se instalar uma loja do supermercado Wal-Mart. Eles então pediram ajuda à FPDT. No confronto com as forças policiais, vários moradores ficaram feridos e Javier Cortez, um jovem de 14 anos, foi morto por arma de fogo. Poucos minutos depois, centenas de membros, simpatizantes e aderentes da Frente já estavam resistindo ao desalojamento, fechando as rodovias e enfrentando a polícia, que teve de bater em retirada diante da resistência das pessoas armadas com pedras, paus e machetes.

Contudo, a grande mídia mexicana começou a criar um clima de indignação, reclamando a volta do “Estado de Direito”, através da repressão ao movimento de resistência civil. Dessa forma, nos dias 03 e 04 de maio de 2006, um operativo de mais de 4.500 policiais invadiu a cidade para enfrentar os integrantes da FPDT. Com uma repressão descomunal e violação dos direitos humanos, com efetivos policiais a espancar, prender e estuprar as pessoas (como se pode observar no documentário Romper el Cerco), o saldo da ação policial foi de dois jovens assassinados, 207 presos, diversos relatos de torturas físicas e psicológicas, mais de 50 mulheres que sofreram violações e abusos sexuais, fazendo com que Atenco entrasse para a história do México como um dos seus episódios mais violentos. Apesar de tudo isso, a FPDT seguiu em pé de luta, exigindo a libertação imediata de seus companheiros/as presos/as.

atenco1 Em fevereiro de 2009, a Suprema Corte da Justiça Mexicana julgou os acontecidos em Atenco.

As autoridades políticas, municipais, estatais e federais, que autorizaram o planejamento e a execução da repressão em massa da população, foram inocentadas; apenas funcionários de baixo nível foram culpados e exonerados.

A imputabilidade de culpa apenas ao nível individual, e não ao mais amplo de todo o aparelho estatal, traz consigo uma demonstração muito clara do que foi o episódio de Atenco, e do que se repete em distintos locais do México e do mundo capitalista, com a criminalização do protesto e dos movimentos sociais: a aliança entre as distintas esferas do Estado (política, militar e judicial) com os meios de informação para promover a injustiça e a impunidade. Ou seja, políticas de repressão institucionalizadas, com vistas a censurar e inibir populações, são maquiadas como abusos individuais.

De fato, o que aconteceu em Atenco, longe de terem sido abusos isolados cometidos por alguns policiais, foi uma repressão política institucionalizada para garantir o controle social: estratégia de Estado que parte dos altos escalões políticos, é legitimada pelo sistema judicial e alcança a violência direta dos policiais. O objetivo não é apenas o de punir exemplarmente os que ousaram rebelar-se, mas também o de tentar amedrontar toda a população, através da conjugação desta repressão brutal com a impunidade, para que os trabalhadores, seja do campo ou da cidade, não lutem pelos seus direitos e não exerçam de verdade a sua soberania.

Em contraste com esta impunidade, seguem presos 13 pessoas que participaram dos atos dos dias 3 e 4 de maio de 2006, alguns com pena de mais de 100 anos, além de outras que estão sendo perseguidas. Frente a esta situação, está em andamento uma campanha internacional pela liberdade dos 13 presos políticos. Maiores informações também podem ser obtidas no blog da FPDT.

 

atenco4

No documentário Romper El Cerco é possível verificar o papel protagonista da mídia, seja passando reiteradamente cenas em que os policiais se vêem obrigados a correr da população, seja mostrando a todo o momento a cena em que um policial desacordado é chutado no “saco” por um manifestante.
O documentário, além de mostrar os ocorridos durante os primeiros dias de maio de 2006, também exibe a falta de neutralidade dos meios de comunicação de massa, que criaram um ambiente propício, por meio do cerco informativo, para legitimar a brutal operação policial (em uma das cenas, o repórter marcha à frente dos batalhões policiais que logo depois, como uma turba, passam a espancar tudo e todos o que vêem pela frente, sejam cachorros ou seres humanos).

[1] Os ejidos são propriedades comunais da terra, normalmente de posse de pueblos indígenas e camponeses, as quais, no caso de Atenco, foram fruto da Revolução Mexicana iniciada em 1910.

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